Justiça Militar angolana

princípios constitucionais norteadores e desafios na era digital

Autores

Palavras-chave:

Justiça Militar, Direito Militar Digital, Constituição Angolana

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os desafios da Justiça Militar Angolana na era digital, considerando a forma de articulação dos princípios constitucionais que a norteiam desde a Constituição da República de Angola (2010). A pesquisa adota uma metodologia qualitativa, de caráter descritivo e explicativo, baseada em revisão bibliográfica comparada (com destaque para Angola, Brasil e outros países lusófonos) e em análise documental de legislações e práticas judiciais. Inicialmente, elucida-se o conceito de Direito Penal Militar, permitindo delimitar os subtemas investigados, entre eles a natureza, composição e competências do Tribunal Militar no constitucionalismo angolano e a constitucionalização dos crimes militares. Por fim, a pesquisa correlaciona os fundamentos do Estado de Direito com os desafios da Justiça Militar frente à era digital e à inteligência artificial, evidenciando a necessidade de adaptação da magistratura militar às novas realidades tecnológicas.

Biografia do Autor

Francisco Alberto Mafuani, Universidade Agostinho Neto (Angola)

Doutor em Administração pela Florida Christian University (Estados Unidos). Assistente de investigação da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto (Angola).

Lattes: http://lattes.cnpq.br/1809979397008534  

Matias Mpanzo Caxixi, Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP)

Doutorando em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP). Mestre pela Universidade Agostinho Neto (Angola). Professor na Universidade Agostinho Neto (Angola). Juiz do Tribunal Militar de Luanda (Angola).

Lattes: http://lattes.cnpq.br/7909479126376008

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Publicado

25-08-2025

Como Citar

Mafuani, F. A., & Caxixi, M. M. (2025). Justiça Militar angolana: princípios constitucionais norteadores e desafios na era digital. Revista Do Tribunal Regional Federal Da 3ª Região, 36(161), 233–256. Recuperado de https://www.revista.trf3.jus.br/index.php/rtrf3/article/view/735

Edição

Seção

Artigos